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Copa do Mundo de Clubes será chance de título para europeus que decepcionaram na temporada
Copa do Mundo de Clubes será chance de título para europeus que decepcionaram na temporada / foto: Anna Moneymaker - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

Copa do Mundo de Clubes será chance de título para europeus que decepcionaram na temporada

A primeira Copa do Mundo de Clubes (14 de junho - 13 de julho) será a chance para várias equipes europeias (como Real Madrid, Juventus, Inter de Milão e Manchester City) de conseguirem um título depois de uma temporada sem conquistas.

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Uma ironia do destino ou um capricho do sistema de classificação, três campeões das principais ligas do continente não vão disputar o torneio: Liverpool, Barcelona e Napoli.

Só Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, que dominam amplamente o cenário futebolístico em seus países, estarão nos Estados Unidos, ao contrário de estrelas que brilharam por suas equipes, como Mohamed Salah, Lamine Yamal e Raphinha.

- Primeiro campeão da história do torneio -

Para vários dos participantes da Europa, a Copa do Mundo de Clubes é a oportunidade de encerrar a temporada com um troféu. O Real Madrid não conseguiu seus grandes objetivos, a Liga dos Campeões e o Campeonato Espanhol, além de ter perdido todos os seus duelos com o arquirrival Barcelona no ano.

Um desempenho que custou o cargo do técnico Carlo Ancelotti, que assumiu a Seleção Brasileira, substituído por Xabi Alonso no clube merengue.

O Real Madrid, primeiro campeão europeu (1956) e da antiga Copa Intercontinental (1960), tentará colocar seu nome na história como primeiro campeão do novo torneio, que o clube encara "com orgulho e motivação máxima para fazer com que nossos milhões de torcedores em todo o mundo voltem a sonhar com mais um título".

O Atlético de Madrid passou a temporada em branco, assim como o Manchester City, o que não acontecia desde 2016, primeiro ano do técnico Pep Guardiola no clube inglês. O Chelsea, por sua vez, nem chegou perto de brigar pela Premier League e teve que se conformar com a Liga Conferência.

Já a Inter de Milão chegará à Copa de Clubes depois de perder o 'Scudetto' na última rodada e de sofrer a goleada histórica por 5 a 0 na final da Liga dos Campeões para o PSG; Juventus e Borussia Dortmund conseguiram vaga na próxima Champions no último suspiro; Benfica e Porto foram superados pelo Sporting de Lisboa no Campeonato Português, e até o RB Salzburg perdeu o título austríaco para o Sturm Graz.

Um acúmulo de decepções que será difícil compensar com uma boa atuação no torneio da Fifa.

- Máximo de dois clubes por país -

A participação desses clubes é resultado do sistema de classificação para a competição, que prioriza os resultados da Liga dos Campeões dos últimos quatro anos (os quatro campeões do período 2021-2024 e as oito equipes mais bem classificadas no ranking da Fifa, com um máximo de dois representantes por país).

O atual campeão europeu poderia ser considerado, mas, por razões óbvias de organização, não é possível esperar até 15 dias antes do início do torneio para esperar o resultado da final da Champions.

Levar em conta os resultados das ligas nacionais também pode ser enganoso, já que o Napoli, por exemplo, não disputou nenhuma competição europeia este ano e se concentrou apenas na Serie A.

Outra solução seria a Fifa guardar na manga algum convite, uma possibilidade que colocaria critérios subjetivos sobre a mesa, e a entidade poderia ter dificuldades para explicar por que decidiu convidar um clube ao invés de outro.

Uma situação que já aconteceu com a entrada do Inter Miami de Lionel Messi como representante do país anfitrião, apesar de o time da Flórida não ter sido campeão da MLS.

- Questão financeira -

Tirar o limite de dois clubes do mesmo país poderia fazer com que um campeonato poderoso, como a Premier League, ocupasse um bom número de vagas, a exemplo do que ocorreu com o Brasileirão, que terá quatro clubes (de seis representantes da Conmebol): Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo como vencedores da Copa Libertadores.

A Fifa enfrenta um dilema a ser resolvido nas futuras edições, já que a ausência de alguns grandes clubes pode deixar a competição menos atrativa.

E, no final, como o presidente Gianni Infantino reconheceu em 2016 para justificar o novo torneio, tudo se resume a uma questão financeira: "Temos que tornar a Copa do Mundo de Clubes mais interessante para as equipes e para os torcedores ao redor do mundo. Isso atrairá mais patrocinadores e mais emissoras de televisão".

Jensen--RTC