

Suspeito de atacar manifestação nos EUA enfrenta 118 acusações
O suspeito de atacar com coquetéis molotov uma manifestação nos Estados Unidos pela libertação dos reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza compareceu nesta quinta-feira perante um tribunal para enfrentar mais de 100 acusações pelo ato, que deixou 15 pessoas feridas.
Mohamed Sabry Soliman responde como suspeito de ter agido contra um grupo de pessoas que se manifestavam no último domingo em apoio aos reféns israelenses em poder do movimento islamita Hamas.
A promotoria afirma que oito mulheres e sete homens ficaram feridos no ataque, que aconteceu na cidade de Boulder, Colorado. Três delas ainda estão hospitalizadas.
Soliman, um egípcio de 45 anos que, de acordo com autoridades, excedeu o prazo do seu visto de turista e permaneceu de forma irregular nos Estados Unidos, enfrenta 28 acusações por tentativa de homicídio, além de uma série de outras por uso de violência.
O suspeito também enfrenta uma acusação de crueldade contra animais, porque um cão ficou ferido no incidente, somando um total de 118 acusações criminais.
O promotor distrital do condado de Boulder, Michael Dougherty, declarou que Soliman pode pegar centenas de anos de prisão se for condenado. "O acusado enfrenta acusações de tentativa de homicídio de primeiro grau relacionadas a 14 vítimas diferentes. Se o acusado for condenado e essas sentenças forem cumpridas de forma consecutiva, isso pode significar 48 anos de prisão estadual por cada uma das 14 vítimas, resultando em 672 anos."
Soliman também foi acusado de crime de ódio. Seu status migratório está no centro da resposta do governo do presidente Donald Trump ao ataque.
Nesta semana, sua mulher e cinco filhos foram detidos por agentes de imigração. Um juiz emitiu ontem uma decisão para proteger temporariamente a família de qualquer tentativa de expulsão do país.
O ataque de domingo ocorreu menos de duas semanas depois de dois funcionários da embaixada de Israel morrerem em um tiroteio do lado de fora de um museu judaico em Washington, onde um suspeito de 31 anos, que gritava "Palestina livre!", foi detido.
G.Stewart--RTC